Estava aqui assistindo um especial sobre a vida/morte da Cassia Eller. Lembro exatamente da notícia da morte: estava no litoral de SC, primeira vez que ia passar o reveillon com a família do então namorado, na varanda da casinha de madeira, disseram na tv que ela havia morrido.
Ciclos.
Uns mais longos, outros mais curtos, mas em comum o fato de só os sabermos quando estão no fim. Não sabemos o que eles irão conter, quanto irão durar, se serão bons, ruins.. Só os reconheceremos quando estiverem se fechando.
É aí que olhamos para trás e pensamos: deu! Semana que vem já não será mais assim. Semelhante àquele livro que lemos, devoramos, mas, que quando acaba, deixa a sensação de alívio misturada ao vazio. E agora?
Esse ciclo que iniciou em 2001 durou bastante tempo, com algumas pausas, mas em 2015 com um fim... E lá veio o início de um outro, transformação total, 2016 com um misto de finais e inícios de microciclos, mas um dia as coisas se acertam, e dali em diante parece que a vida encaixa...
Hoje se fecha mais um ciclo. A última noite de nós três na "primeira segunda casa", aquele lugar que será lembrado como a minha primeira casa - realmente minha -, onde a nossa nova família começou, onde a vida foi leve, foi pesada, mas, acima de tudo, onde me conheci, onde conheci minhas filhas, onde passei um tempo que jamais tinha passado com elas (e não tenho vergonha, sei que não sou a única).
Elas - as filhas -, vão para essa mesma praia que deu início a tudo, que vai ser parte de um ciclo (espero) muito longo da vida delas, passar o mesmo final de ano que tantas vezes passei. Eu ficarei aqui, me movendo para o próximo início, acreditando que, dessa vez, vai ser realmente uma virada de ano, e não somente um dia após o outro, aguardando que 2017 seja o começo de outro longo ciclo - e não tenho pressa para saber do final (não quero final).
Feliz 2017