sábado, 6 de julho de 2013

Originalidades felinas

Funciona mais ou menos assim: não importa o que você pensou, planejou, o quão pertinente ou necessário seria, a decisão final é deles. Filhos? Não. Gatos.
Casais sem filhos tomam a equivocada decisão de adotar um cão (depois de fracassarem com o vasinho de violeta) para testar seus talentos como pais. Pois deveriam adotar um gato! Filhos não obedecem, nem sempre são tão companheiros e não serão todos os dias que "abanarão o rabo" quando você chegar. Não falo isso com ressentimentos - tanto em relação aos filhos, quanto aos gatos -, só seria válido um treino mais real.
Pois voltando aos felinos, é uma versão piorada das crianças. Sabe quando você compra um brinquedo, e a pessoinha pega a caixa? Eles sempre pegam a caixa, não importa se o brinquedo era deles, se o sapato era seu ou se o leite era da família.
Caminha para dormir? Esquece. Todo ou qualquer lugar ao sol, seja sobre a mesa, sobre o pano de prato branco (este está no Top Ten), na frestinha da janela ou no meio de qualquer duas pessoas que se amam; se não for no meio não tem graça. Caverna de edredon, travesseiro, roupa do dono - principalmente sendo o oposto da cor dominante do bichano. Vale também toda e qualquer parafernália elétrica que produza algum calor.
Madame Nora, insatisfeita com a tecnologia que encolheu televisores e monitores aqui de casa, resolveu pousar seu corpanzil negro por sobre o roteador, o minúsculo roteador. O apreço pelo computador, aliás, é tremendo, pois nada mais divertido que parar em frente a tela (em uso) ou entre o teclado e o digitador.
E ali está ela, parada qual e tal um totem informático, rabo para um lado, antena para o outro, diferenciada somente pelas luzinhas verdes que piscam sob o seu traseiro. Pode passar horas ali, negando ofertas sinceras de colo, afinal, as coisas são quando e como ela quer. Mas o que mais autêntico e cativante que uma criatura cheia de personalidade?

Nenhum comentário:

Postar um comentário