sábado, 4 de setembro de 2010

HelenaMaria!!!

HelenaMaria!!!
Grita o pai dela, no momento em que a dita põe abaixo os DVD's, pela quinta ou sexta vez. Já avisei para parar de chamá-la assim, vai achar que é este mesmo o seu nome.
Impressionante como adquirem velocidade, principalmente se o objetivo é ilícito, como inventam artimanhas e escusas. E como esticam aqueles braços! Os objetos estão cada vez mais para trás, e vira e mexe são alcançados.
Há de ser uma moça muito católica essa minha filha, porque sua maior diversão é adentrar meu quarto e carregar, com as duas mãos, o Catecismo que se encontra no nosso criado mudo. Aliás, os Catecismos, leva uma cópia de cada vez, folheia e depois segue o curso natural: a boca. Não podendo pegar estes exemplares se satisfaz com A Boa Semente, com o Santo de Cada Dia ou, em último caso, Como Orar.
Artes a parte, não tenho quase nada do que me queixar, até fica no colo, nem que seja para tomar seu leite de canudo (ou iogurte, contanto que seja gelado!), dá o abraço mais gostoso do mundo, deita a cabeça no meu ombro e até dá uns resmungos para "se nanar". Penso que ainda não fala para não ter que dar-me explicações.
É um amor imenso, não vejo outra palavra para defini-lo, incondicional e crescente. Ela que não saiba, mas mesmo as traquinagens são dignas de admiração, pois é uma graça ver alguém daquele tamanho abrir a porta da cristaleira devagar, para não fazer barulho, ou sair caminhando em alta velocidade, com algo que não lhe pertence nas mãos.
Um pedacinho de nós, o mais amado de todos!

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