segunda-feira, 7 de março de 2011

Sem folia

Quem vê o título pode pensar que irei me lamentar sobre o fato de estar em Porto Alegre no Carnaval, mas não, muito antes pelo contrário. Claro que a parte do repouso (embora fundamental e pela melhor causa do mundo) não era necessária, mas, de resto, não tenho nada a reclamar.
Ano passado recém havíamos adquirido nosso carro, e lá fomos nós, rumo a SC, em pleno sábado de Carnaval. Tem um post perdido sobre isso em algum lugar, não gosto nem de lembrar... Horas intermináveis de Freeway e sol a pino, Helena passando calor no banco de trás, movimento de montão, BR 101 ainda com muitas reformas, chuva na praia e tempo fresco na nossa terra. Resumindo, dinheiro colocado fora.
Esse ano já havíamos acertado que não iríamos para a praia, porque eu estaria demasiadamente barriguda para enfrentar a batalha da estrada; se viajássemos seria para outros lados, ou aproveitaríamos as maravilhas de uma Porto Alegre vazia. Claro, não perguntamos a Beatriz o que achava da ideia.
Pois cá estamos nós, no contrafluxo da folia, curtindo o anti-Carnaval: o silêncio da nossa terra! Salvo pelo gaúcho pilchado que beijou o poste da esquina no domingo pela manhã, de resto parece que estamos parados na madrugada: quase ninguém na rua, poucos ônibus e pouquíssimos carros (para o padrão da Assis Brasil, claro). Ah, sim, embora faça calor de dia - afinal, ainda é verão - a noite somos brindados por um delicioso vento geladinho, aquele que pede um casaco fininho ou, deixando uma fresta na janela, um lençol até o pescoço.
Melhor só se pudéssemos curtir a cidade, mas a Beatriz dentro da barriga e eu não internada em nenhum hospital é melhor que qualquer rota turística.

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