sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Beatriz²

Tanto ameaçou-se a rica criaturinha, que da barriga não queria mais sair! Foram quase dois meses de tensão, torcendo para que ficasse onde estava, mas por fim a torcida já era contrária. Novamente acabou a minha paciência gestacional, somado a isso uma ausculta cardíaca meio desagradável no exame da obstetra, e lá fomos nós para a ocitocina.
Dizem os livros que, quanto maior a paridade, mais rápido o parto. Pois meu corpo não concordou, e respondeu um pouco mais vagarosamente do que gostaríamos: das 23h às 05h08, centímetro a centímetro, assim ia a minha natureza. Eu bem resignada a não fazer analgesia, aguentando as muitas contrações bem, até dona Beatriz resolver aprontar com uma sutil queda do ritmo cardíaco; conhecendo o anestesista de plantão, que, nem de longe era da minha confiança, acabei por solicitar a tal analgesia para ter o médico da minha confiança por perto.
Digo que acabou tudo bem, fiz analgesia com 8cm, 15 minutos e uma força depois estreava minha pseudo pardinha. Nasceu a cor da mãe e a cara da mana, e posso dizer que foi amor a primeira vista!
Hoje em dia está tão ou mais branca que a irmã, a cara da dinda, tem lindas bochechas rosadas e chora como se estivesse correndo risco de vida por pouco mais que nada. Começou a pegar direito no peito não faz muito, já teve pneumonia e bronquiolite, chupa bico desde um mês (porque somente o colo em tempo integral resolvia) e destesta ficar sozinha.
Para compensar, tem o sorriso banguela mais lindo do mundo, os mais doces olhos de cor indefinida que eu já vi e os assuntos mais atualizados para as suas conversas movidas a gritinhos e agus.

2 comentários:

  1. Parabéns...o texto muito lindo e a pequena mais ainda...hehehe..Greisse

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  2. Pati, parabéns pelos textos... um mais lindo q o outro... Bjo, Ivana Galvan

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