domingo, 25 de abril de 2010

Ocitocina

Há umas duas semanas atrás, conversava com uma das médicas lá do meu trabalho sobre parto, se realmente doía ou não, entre outras coisas, e comentei que a lembrança da dor é muito remota, logo deduzo que não era nada excruciante. Chegamos, então, na tal história de a ocitocina (hormônio que nos faz ter contrações, que liberamos quando damos de mamar, quando estamos perto de alguém que amamos, enfim, o hormônio do amor!) ter propriedades "amnésicas" (existe tal palavra???), como alguns anestésicos usados em cirurgias.
Pois bem, com ocitocina ou sem, graças ao bom Deus, tem muita coisa que a gente acaba esquecendo. É para o bem da humanidade!!!! Falando sério, se lembrássemos de todos os passos iniciais da vida em família, de todas as nossas dúvidas, de todos os choros indecifráveis, de quantas horas dormíamos ou deixávamos de dormir, não teríamos, nunca, mais de um filho. E não escrevo isso para fazer drama, ou para ser triste, como me disse meu marido enquanto bisolhava meus escritos, só para partilhar minhas ideias.
Graças a este mesmo Deus, os meses passam, e, ao contrário de quase todas as outras facetas da nossa vida, na parte maternal ficam muito mais as lembranças alegres do que as tristes. Lembramos muito mais do primeira vez que nos olhamos nos olhos, primeiro sorriso, do primeiro dente, dos baláblablás, passeios em família, caras e caretas ou muitas outras ínfimas coisas que essas pessoinhas fazem e que nos deixam tão felizes!
Depois dizem que ocitocina não é bom...

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