sábado, 17 de abril de 2010

Um dia ainda escrevo um livro (2)

Enfermeira fazendo "sala de espera" com as gestantes, grampeando folheto explicativo nas carteiras de pré-natal.
- Não, não, não, enfermeira, na minha não coloca grampo!
- Mas por quê???
- Porque no presídio não pode entrar com grampo, e só posso ir na visita íntima se levar a carteirinha.

Adolescente na sala de parto, neném quase nascendo, mãe incentivando a filha a fazer força.
- Vamo, Fulana, faz direito pro neném nascer logo, tu não tá fazendo como tem que ser!
- ...
- Vamo, Fulana, não é assim!!!
- MÃE, TU NÃO ME CRITICAAAAA!!! EU COM DOR!!! NÃO ME CRITICAAAAA!!!
Depois disso o neném nasceu.

Neném nasceu, enfermeira e pediatra atendendo no berço, tudo certo.
- Pesou quanto?
- Ainda estamos secando, vamos pesar em seguida. Ali a balança, ó, o senhor pode tirar foto do peso se quiser.
Neném pesado. Nenhuma fita métrica na redondeza.
- E quantos centímetros, dotôra???

Nasceu um menino.
Levamos para o berço de atendimento, pai veio junto. Desenrolamos para secar e eis que o rapaz tinha documentos avantajados.
O pai olhou para a cara.
Olhou para o pinto.
Olhou para a cara.
Olhou para o pinto.
Olhou para o pinto.
Olhou para o pinto...

Nenhum comentário:

Postar um comentário