sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Números

Gostaria de pedir desculpas àqueles que passam por aqui para lerem minhas irrelevâncias. Sorte minha que escrevo porque gosto, pois se fosse esse o meu emprego estaria na rua.
Tive um certo branco, bloqueio ou qualquer outra palavra que sirva para descrever uma ausência de ideias. Não por falta de acontecimentos, podem ter certeza, mas por não conseguir organizá-los em mais de uma frase.
Acho que finalmente conseguirei... Um momento Erin Brockovich.
30: idade que completei no último dia 13;
4,5: quilos que sobraram depois da gravidez;
40: tamanho das minhas calças, para o qual retornei, mesmo com o resquício ali de cima;
1,2: idade da minha filha;
1: vezes que fiz sexo sem nenhuma proteção;
14: dia do meu ciclo no evento acima;
717,5: valor do beta-HCG que fiz em 21/08/2010;
2: gestações que já tive;
5+4: semanas e dias da minha gravidez atual;
10x10x10... : minha felicidade e as boas coisas que a vida me guarda!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Nada fantástico!

Não sei se vocês já viram o filme Olha Quem Está Falando, um bem antiguinho, com o Travolta e a Kirsty Allen. Tem uma cena em que ela se olha no espelho, com os peitos enormes, toda bagunçada, se sentindo um lixo e o Travolta chega, ela tenta se arrumar e nada fica bem...
Domingo estava a ouvir o Fantástico, uma matéria sobre o Dia dos Pais, quando anunciaram o crime: iriam visitar uma mãe que recém havia dado a luz, uma puérpera!!! Hormônios, mamas estourando, barriga de 6 meses (e sempre tem algum grosso para olhar e perguntar "mas não nasceu?"), fora uma ausência de auto-estima, até porque não há tempo - e nem vontade - de parar em frente ao espelho.
A beleza desse momento é totalmente poética, emocional, afetiva, amorosa, é a consagração de uma união, o milagre da vida... Mas a beleza física? Ih, há umas 40 semanas de distância e, a não ser que seja uma Gisele, ela não volta assim no mais, normalmente não volta nem na velocidade em que foi.
Mas não estou me denegrindo ou reclamando do meu corpo atual (não desta vez), só estou imaginando mostrar, em rede nacional, essas formas peculiares, as olheiras, a cara de sono (definida por mim como "cara de puérpera", adjetivo que uso quando saio sem maquiagem nenhuma), o cabelo bagunçado...
Deve ser por isso que não nos importamos quando as visitas só tem olhos para o bebê. Mas no Brasil todo, alguém deve ter reparado na mãe.

sábado, 7 de agosto de 2010

TPM

O assunto não é novo, mas, em virtude dela, preciso externar meus sentimentos...
Não sei de onde vem essa sensação, e me custa acreditar que somente hormônios possam causar tanta ira. Sim, não vejo nada melhor que um dos pecados capitais para descrevê-la.
Vou tentar materializar o turbilhão, vai que ajuda!?
Nunca pensei em trabalhar como cuspidora de fogo, mas imagino que, se o artista engolisse ao invés de cuspir, seria mais ou menos o que sinto na boca do estômago. Um calor imenso, que começa bem no meio de mim e vai subindo, sem precisar de nenhum grande motivo para ser desencadeado.
Junte-se a isto um zumbido, que toma conta dos pensamentos - nenhum executável, daqueles que fica o diabinho ao lado -, sucedido por uma tremenda dor de cabeça e uma vontade de esmurrar, espancar, destroçar, etc, o estopim do evento. Para finalizar, a capacidade de dizer os maiores palavrões e impropérios de que se tem conhecimento, por pouco mais que nada.
Trânsito, roupa que não serve, filho que chora, casa desarrumada, funcionário ruim, colega que não se manca, campanha política, o frio do sul, bagunça do gato, cortina rasgada, o mundo, as dúvidas... Tudo isso, qualquer coisa dessas ou algum outro motivo idiota.
Espero não ser encaminhada para internação psiquiátrica depois deste desabafo! Precisava somente dar forma ao meu monstro.