sexta-feira, 13 de novembro de 2009

"Esse é só o começo do fim da nossa vida"

Esta semana foi um tanto estranha para mim, sentimentos muito novos, não por isso ruins ou bons. Como disse um amigo com quem eu conversava, bem vinda à vida real! Sim, uma Nova Amélia prestes a chegar no seu apogeu.
Hoje, na realidade, minha licença maternidade/prorrogação da licença/resíduo de férias, já chegou ao fim, deveria estar trabalhando. Mas, como ninguém merece voltar ao trabalho numa sexta-feira 13 (e minha filha tinha pediatra), o dia "T" ficou para segunda. Aí não tem jeito, é o fim da minha carreira de mãeesposadonadecasa full time.
Não acho de todo ruim voltar ao trabalho. Gosto do que faço, acho que sou uma boa profissional, sinto falta de todo agito do CO (Centro Obstétrico, daqui para frente), de conversar com as pessoas que trabalham lá, com as pacientes, etc. Isso, claro, não me faz esquecer de todas as coisas ruins que acontecem, falta de reconhecimento, excesso de trabalho...
Enquanto eu ia fazendo algumas atividades diárias com a Helena (minha filha, e não é por causa das novelas, aquelas mulheres são muito complicadas, é pelo significado do nome), explicava que a partir da semana que vem seria diferente, que eu não estaria mais todo o tempo em casa, mas que sempre voltaria, que a vó ia dar "mamadeira de teta" pra ela, e todas essas outras coisas que ela não faz a menor ideia do que sejam. Eram todas para mim, óbvio.
O que dói é pensar que tão cedo não terei nada nem parecido com esse tempo que passei com ela - se Deus quiser, porque preciso trabalhar! -, agora serão meros fins de semana, alguns feriados, férias uma vez por ano e poucas e cansadas horas por dia. Fora isso, penso em tudo que posso perder: primeira palavra, primeiros passos, caras e caretas novas, muitas risadas. Egoísmo de mãe, fisiológico e inexplicável!
Bom, isso é parte de tudo em que venho pensando na minha derradeira ociosidade. Se me sentir capaz de outras traduções coloco aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário