segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Primeiro dia de volta para casa

Hoje acordei na segunda-feira mais segunda-feira dos últimos 5 meses e meio. Primeiro dia de trabalho da minha nova vida.
Achei que estaria mais nervosa, chorando pelos cantos, grudada na minha filha a manhã inteira, mas até que não. Criança tem sexto sentido, logo Helena acordou umas 2h mais cedo que o de costume, quase acaba com o meu cronograma. O leite que ia para o freezer foi para a bebê, meu banho foi com ela resmungandinho no chiqueiro, depois teve mais um mamá - que nos meus planos, como de rotina, seria o primeiro -, arrumada na sobrancelha correndo, almoço, higiene e fui! Sim, claro, dei um amasso de tchau, várias orientações para a minha mãe e várias explicações para a Helena dos porquês da minha ausência.
Parada do coletivo, ônibus que não vem, musica no MP3... tudo muito normal, até eu ter que pegar o dinheiro da passagem e dar de cara com a foto da minha princesa sorridente, esticada no chão, parecendo um picolé - o mais delicioso dos picolés - de creme. Que dorzinha mais doída, fininha, no fundo do coração, talvez num dos poucos espaços não ocupados por ela.
Trabalhei (meio perdida, mas trabalhei), dei muitos "ois", respondi muitas vezes como estava a bebê, ouvi vários elogios (sempre bem-vindos), bati meu cartão, enfrentei o trânsito e o sistema de transporte coletivo e, 50minutos depois, estava em casa.
Entrei em casa querendo sorrisos e gritinhos, mas encontrei um bebê mais sério que o de costume. Comigo, só comigo. Quando eu vi já eram quase 22h, o neném já estava com sono, foi pro banho, mamou e dormiu. Ficou o vazio de uma tarde, que não foi preenchido por uma noite tão curta. E assim serão os próximos muitos anos, mas a gente deve se acostumar.
Trabalhar a tarde inteira é fácil. Difícil é voltar pra casa.

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