quinta-feira, 18 de março de 2010

Um dia ainda escrevo um livro (1)

Sala de parto, paciente prestes a parir. Médico orientando trabalho de parto:
- Vamos, Fulana, força! Não para! Não para! Não para!... (música:) "Não para, não para, não para, não, não para, não para, não..."

Unidade lotada, pacientes entediadas, pondo-se a par uma da vida das outras.
- E tu, quantos tu tem? (filhos, subentenda-se)
- Esse é o meu quinto
- E tudo do mesmo pai?
- Sim... (sem entender a pergunta)
- Ah, não, mas tem que fazer que nem eu, tenho um de cada pai! Assim recebo seis pensões...

Funcionária questionava paciente que acabara de internar, para preencher folha de cadastro.
- Teu estado civil?
- Meu o quê?
- Tu é casada, solteira...?
- Sô ajuntada.
- E qual o nome do teu companheiro?
- Miro.
- Miro...?
- Miro.
- Mas Miro é apelido ou é nome? Mirosmar? E Miro de quê?
- Acho que é só Miro mesmo... é, isso, Miro. E de quê? Bom, o pai dele é da Silva... Põe Miro da Silva então!

Sala de parto, tudo preparado, neném no canal de parto, vendo os cabelinhos... Diz a mãe, até que calmamente:
- Ah, mas agora eu não quero, dá pra ser mais tarde?

Paciente falando sobre sua filha:
- Mas ela não mora contigo? (pergunto eu)
- Não, mora com a minha irmã. Já fez 26 cirurgias, mas tá viva! É que na minha família todo mundo morre do coração, é genérico.

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